Creepypastas II – Ep. 100
Para nosso 100º episódio preparamos mais um especial Creepypastas, com a participação da Jéssica e da Shirlei.
Além disso, no dia 14/10 fomos recebidos pelo pessoal do Café com Crime e no dia 21/10 receberemos o XCrime para o Outubro Assombrado.
No dia 28/10 recebemos o pessoal do Criminalismo e no dia 31/10 O Aprendiz Verde é quem nos recebe para o Crimeweeen
Pela hashtag #crimeween você consegue acompanhar todas as colabs que acontecem esse mês.
O Pastel
Meu nome é Anderson, eu sempre gostei de comer pastel na pastelaria Seu Ching-Ling, um dia comi um pastel lá e achei o gosto muito estranho, dei uma olhada melhor no pastel e percebi que era de carne humana, denunciei o Seu Ching-Ling para a polícia. Mas tarde naquele dia descobri que o Seu Ching-Ling na verdade se chamava Fujiro Itakawa, ele era um canibal que tinha fugido da China pois tinha a obssessão em matar pessoas e rechear pasteis com a carne delas, depois disso virei vegano, pois até hoje tenho medo de comer carne humana sem saber.
A Menina e o cão
Uma garota, de 15 anos, conhecida pela história pelo nickname “girl”, decidiu que já era grande o bastante para ficar em casa sozinha, e dispensou a viagem com seus pais no final de semana. Além do mais, se qualquer coisa ocorresse ela teria o seu fiel cachorro para a proteger.
Quando a noite chegou, ela trancou todas as portas e tentou trancar todas as janelas mas uma se recusava a fechar. Após muito insistência, desistiu e deixou a janela destrancada. Tomou um banho e foi dormir. Seu cachorro tomou seu lugar de costume embaixo da cama.
No meio da noite ela acorda por causa de um som de gotas vindo do banheiro. Ela estava muito assustada para ir ver o que era. Estendeu sua mão para baixo da cama e sentiu uma lambida. Isso a tranquilizou e ela voltou a dormir. Mais tarde, acordou novamente por causa do som das gotas. Insegura, estendeu novamente sua mão para baixo da cama, sentiu uma lambida e voltou a dormir. Mais uma vez ela acorda, estende a mão e sente a lambida.
Incomodada com o som das gotas, ela se levanta e lentamente anda até o banheiro. Os sons dos pingos vão ficando mais alto de acordo que ela ia se aproximando. Chegando ao banheiro e liga a luz. Nesse momento presencia uma cena horrível: pendurado no chuveiro estava seu cachorro com a garganta cortada e o sangue caindo na banheira.
No espelho do banheiro, algo chama sua atenção. Escrito no espelho com o sangue de seu cachorro estavam as palavras “HUMANOS TAMBÉM SABEM LAMBER”. A garota entrou em desespero! Saiu correndo, pela porta da frente, até a fazenda mais próxima. Até hoje não sabem quem matou seu cão.
Sinais de Alerta Distorcidos – Ashley Rose Wellman
Quando recebi o primeiro, eu estava literalmente a segundos de entrar no avião quando uma chamada de “DESCONHECIDO” soou do meu celular. Era um toque que eu não tinha ouvido antes, que eu tinha certeza que não tinha vindo com o telefone.
Normalmente, eu não teria parado para atender, mas estava esperando uma ligação sobre um trabalho que entrevistei na semana anterior. Respirei fundo e aceitei a chamada.
– “Olá?”
– “Não entre no avião.” A voz de uma mulher, distorcida e estranha, como se suas cordas vocais tivessem sido retalhadas e ela estivesse tentando desesperadamente sufocar a fala. Apesar da qualidade enervante e fragmentada de sua voz, seu tom era insistente e assustadoramente calmo. Então a ligação terminou.
Eu congelo. Eu sempre tive uma leve fobia de viagens aéreas, e algo sobre essa ligação simplesmente … não havia como eu embarcar em um voo de sete horas agora. Eu me virei e fui em direção à praça de alimentação. Eu pegaria outro voo no final da tarde, imaginei.
Assisti do Starbucks do aeroporto, três horas depois, enquanto todas as TVs do terminal se iluminavam com as imagens do acidente do avião em que eu deveria estar. Sem sobreviventes. Nem um só.
Tentei rastrear a ligação. A polícia também. Mas não havia nada para rastrear. Não havia nenhuma evidência de que meu telefone tivesse recebido uma ligação naquela época. Eles analisaram registros de telefone, comunicação de entrada e saída para o meu telefone … nada.
Eu não estava inventando. Eu não poderia estar.
Essa não foi a única ligação. Ao longo dos anos, foram poucos e distantes entre si, mas sempre certos. E eu sempre escutei.
“Não vá naquele encontro às cegas esta noite.” Cinco meses depois, meu suposto “encontro” foi condenado por matar quatro mulheres, todas com minha cor de cabelo e tipo físico. Encontradas em uma cova rasa a cerca de 250 metros da lanchonete onde ele se ofereceu para me levar.
“Não dirija até o concerto esta noite.” Um veículo de dezoito rodas perdeu o controle e se chocou contra uma fila de carros. Cada motorista foi esmagado. Cada motorista morto. No trecho da rodovia que eu estaria descendo.
Não importava se eu tivesse um novo telefone, se eu me mudasse para o outro lado do país, as ligações ainda viriam. Eu quase podia sentir a presença de … seja lá o que for, seja quem for, cuidando de mim.
Eu me imaginava no fundo do oceano gelado, ainda amarrado ao assento do meu avião, ou naquela vala comum em frente à lanchonete, ou assistindo a um veículo de dezoito rodas derrapando em direção ao meu carro, sabendo que a morte era iminente, e eu sentiria esse aperto no peito. Eu pensaria em como essa linha era fina. Quão perto eu cheguei.
Se eu não tivesse tido uma entrevista de emprego que estava esperando a ligação de volta, eu nunca teria ouvido aquela primeira ligação. E isso seria tudo para mim.
Sempre parecia que algo estava vindo para mim. Mas sempre houve isso … essa voz fragmentada e distorcida, com esses chamados que pareciam nunca mais existir depois que eu os ouvi. Sinais de aviso de autodestruição, apodrecendo diante dos meus olhos. E eu estava vivo.
Tive um mau pressentimento sobre este cruzeiro que eu havia planejado, uma semana de folga das garotas com alguns dos meus velhos amigos da faculdade e estava ansiosa por uma semana nos trópicos no auge do inverno – mas parte de mim quase podia sentir que a ligação estava chegando. Talvez eu tenha assistido Titanic muitas vezes, mas havia um pouco de medo persistente desde o início.
Eu esperava que estivesse tudo bem, mas sabia que, se algo fosse acontecer, eu receberia a ligação. Eu saberia.
Agora, uma semana antes de embarcar no cruzeiro, depois de entrar no meu apartamento depois de voltar do jantar com um amigo, noto que meu celular tem uma mensagem de “DESCONHECIDO”. Eles nunca tiveram que deixar uma mensagem antes. Não verifiquei a noite toda.
Droga, e eu realmente queria ir naquele cruzeiro também. Ah bem. Não valia a pena qualquer destino horrível que me esperava naquele oceano frio e escuro.
Clico em “reproduzir mensagem” e sinto meu estômago embrulhar ao ouvir a voz, soando terrivelmente distorcida, como se emanasse de uma garganta cortada em tiras, estalando com mais urgência do que nunca. Eu olho em volta do meu apartamento enquanto a voz no telefone repete a mesma frase uma e outra vez.
“Não volte para casa depois do jantar esta noite. Não volte para casa depois do jantar esta noite. NÃO VOLTE PARA CASA APÓS O JANTAR ESTA NOITE.”
I used to be a stalker
Nós nos conhecemos em um clube. Não era o típico lance de “beber demais e flertar com um estranho enquanto espera que ele volte para casa com você”. Nós realmente nos conectamos. Trocamos números, namoramos por algumas semanas … Mas ela perdeu o interesse. Eu não fiz, embora agora eu desejasse ter. Eu estava literalmente louco por ela. Eu não conseguia tirá-la da minha cabeça e estava disposto a fazer qualquer coisa para vê-la novamente. O único problema era que ela não queria me ver.
Eu não a segui fisicamente no início. Eu estava contente de verificar constantemente seus sites de mídia social que ela atualizava muitas vezes por dia. Quando as atualizações de status impessoais não eram suficientes para me dar uma chance, comecei a usar seus frequentes “check-ins” para descobrir seus lugares favoritos e comecei a frequentá-los na esperança de encontrar ela. Funcionou algumas vezes, mas na maioria das vezes não. Foi quando comecei a segui-la totalmente e meu mundo se tornou um pesadelo.
Inicialmente, eu tinha como regra não andar pela casa dela. A última coisa que eu queria era que um vizinho suspeitasse e chamasse a polícia. Quebrei minha própria regra uma noite quando vi quando ela trouxe um cara aleatório de um bar para casa. Eu estava furioso e tinha toda a intenção de dizer ao cara para se foder quando ele saísse de sua casa. Eu sentei no meu carro e fervi a noite toda, mas ele não foi embora. O sol tinha começado a nascer quando eu perdi completamente minha cabeça e entrei em sua casa para confrontar os dois.
Entrei por uma janela do andar de baixo e me arrastei para o quarto dela no segundo andar. Ela estava sozinha em sua cama. Eu tinha certeza de que ele não tinha ido embora, então procurei por ele na casa. Ele estava no porão, pendurado em um sistema de corda e roldana de cabeça para baixo com a garganta cortada. Saí correndo de casa e chamei a polícia. Confessei meus crimes de perseguição, arrombamento e invasão enquanto eles prendiam minha agora antiga obsessão por um crime muito mais sério. Não achei que a situação pudesse ser mais complicada. Eu estava errado.
Ela estava comendo gente. Ela confessou imediatamente, e eles puderam confirmar que ela estava falando a verdade testando a carne em seu freezer. Ela iria encontrar um cara, trazê-lo para casa, drogá-lo e matá-lo. Quatro pobres almas a seguiram para casa como pobres cachorrinhos com tesão e acabaram em seu menu. Quando recebi essa informação, ocorreu-me que não conseguia me lembrar de jamais tê-la visto comprar carne vermelha quando a segui pelo supermercado. Então me lembrei que um de nossos encontros foi na casa dela, onde ela servia bifes no jantar.
O beijo
Em uma noite, há algum tempo atrás. Tiago, um assalariado que já estava corado devido ao número de cervejas que havia bebido, comemorava o grande negócio que havia feito, conseguindo muito dinheiro para a empresa e uma promoção. Ele passou a noite bebendo com seus colegas de trabalho.
No bar, havia uma mulher sentada sozinha. Ela era linda e elegante, com olhos cativantes e cabelos negros brilhosos. Ela usava uma máscara cirúrgica como proteção contra a poeira e poluição que rondavam o ar.
Tiago, o assalariado, sentindo uma coragem atípica, sentou ao lado da mulher, lhe pagou um drink – que ela sequer tocou – e iniciou uma conversa sobre seu sucesso na empresa e seu futuro promissor. Ela respondia bem tímida, porém desinteressada, então ele sugeriu que os dois saíssem para um bar mais “privado” que ele conhecia perto dali. Ela aceitou ao que ele se despediu de seus colegas com apenas uma leve piscada.
Tiago foi rápido e direto. Levou-a para um beco escuro, tirou-lhe o casaco e olhou diretamente naqueles olhos encantadores.
“Eu sou bonita?” A mulher perguntou com uma voz trêmula, abafada pela máscara cirúrgica.
“Muito linda.” Ele respondeu, aproximando seu rosto do dela.
“Eu sou bonita?” Ela repetiu enquanto levava as mãos atrás da cabeça, pronta para desfazer a barreira entre suas bocas.
“Muito linda.” Ele disse novamente, antecipando o beijo.
A máscara caiu de seu rosto e Tiago congelou. Era incapaz de gritar. A boca da mulher era rasgada de uma orelha à outra, ocupando toda a parte inferior de seu rosto. Abaixo do nariz haviam duas camadas de pele abertas o suficiente para mostrar duas fileiras de enormes dentes pontiagudos. Ela abriu sua boca de uma forma impossível a um ser humano normal. Então aquela boca disforme conseguiu pronunciar novamente aquelas palavras: “Eu sou bonita?”
Tiago, 30 anos, apenas um assalariado. Seu corpo nunca foi encontrado.
My Grandfather’s Final Invention – Alice Thompson
Meu avô era um inventor.
Toda a sua vida ele está mexendo em algo, seja pegando algo que já existia e mudando, tornando-o algo totalmente novo (ou pelo menos diferente) ou inventando algo inteiramente de peças sobressalentes. E embora nada do que ele inventou tenha abalado a terra, sempre foi uma das minhas maiores delícias, desde que eu era uma menina, ver o que ele tinha feito.
Visitas de infância a sua casa sempre começavam ou terminavam comigo sentada no sofá, um olhar de fascínio absoluto em meu rostinho enquanto ele exibia qualquer dispositivo que montou em sua oficina desta vez. Era como ter meu próprio Papai Noel pessoal que trabalhou o ano todo para encher minha mente de oito anos de admiração e alegria.
Minha irmã mais velha estava igualmente animada, não importa o quanto tentasse esconder a empolgação que isso a enchia, provavelmente em um esforço para parecer mais fria ou mais madura do que eu. E embora, devido ao fato da vida real estar nos atrapalhando, as visitas diminuíssem à medida que envelhecíamos, sempre tínhamos tempo para vê-lo pelo menos algumas vezes por ano. E toda vez ele teria algo novo para nos mostrar.
Ele realmente era um gênio.
Devo acrescentar que não significa que algo horrível aconteceu com ele. Tenho certeza de que alguns dias ele gostaria que tivesse, que tivesse sido ele quem acabou naquele hospital em vez da minha irmã, mas não, ele foi dormir e espero que seu falecimento tenha sido tranquilo.
Mesmo depois de todos esses anos, não consigo ficar com raiva do que aconteceu, não consigo odiá-lo. Ele não tinha ideia do que aconteceria, nenhuma ideia de como as coisas iriam acontecer.
Ele sabia que algo estava errado, oh sim. Ele não era um velho tolo vacilante. Ele soube na primeira vez que olhou através deles que algo estava errado, mas ele pensou que era algo um pouco estranho, algo perturbador e curioso, talvez, mas nada perigoso. Nada que prejudique alguém.
Acho que, no fundo, ele só queria saber que não era louco. Ele queria ter certeza de que não estava vendo coisas. E quem pode culpá-lo?
Éramos três naquele ano.
Eu, minha namorada Justine e minha irmã Joan. Estávamos ambos acostumados com nosso avô explodindo de energia para nos mostrar o que quer que ele tivesse feito, então seu humor estranhamente contido quando ele veio nos cumprimentar foi uma surpresa. Na verdade, fiquei um pouco desapontado, pois esperava que Justine pudesse compartilhar a experiência de ter uma nova invenção demonstrada antes que nossa admiração atingisse os olhos. Tínhamos começado a namorar naquele ano, então seria a primeira chance que ela teria de ver o tipo de coisas que eu estava contando.
O dia passou agradavelmente enquanto conversávamos, almoçávamos e assistíamos à televisão juntos. Eu acho que foi
Joan que perguntou a ele, finalmente, se ele tinha algo especial para nos mostrar hoje. Sabíamos que ele estava trabalhando em algo, pois esta foi a primeira vez que o vimos pessoalmente em um tempo, ambos conversamos com ele por telefone nos meses anteriores e ele nos explicou ansiosamente que ele estava trabalhando em algo que pensou ser extraordinário.
Eu ainda não consegui dizer como ele os fez, nem faria se pudesse. Nem poderia
Eu digo a você qual foi sua ideia original para aqueles círculos de vidro de cores estranhas, antes daquele dia fatídico em que ele olhou através deles e viu o que viu. Ele nunca compartilhou detalhes de seu trabalho conosco de antemão, pois queria que fosse uma surpresa e depois acho que ele estava apavorado com a ideia de alguém replicar o que ele havia feito.
Tudo o que sei é que quando Joan o pressionou a revelar sua última invenção, ele parecia nervoso de uma maneira que eu nunca tinha visto antes, parecia que estava profundamente perturbado por alguma coisa. Ele hesitou antes de falar como se não tivesse certeza se deveria dizer alguma coisa antes de nos explicar que a natureza daquilo em que ele estava trabalhando mudou depois de um “evento incomum” e que ele não tinha certeza se seria uma boa ideia nos mostrar o resultado final.
Agora, podemos ter crescido desde os dias em que podíamos sentar em seus joelhos, mas se alguém tem dois anos ou na casa dos vinte, a maneira mais certa de fazê-lo querer algo ainda mais é dizer-lhe que ele não pode ter. Portanto, sua relutância (que, na época, tenho certeza de que AMBOS pensávamos ser fingida, para aumentar o suspense antes da revelação), apenas nos fez querer ver sua invenção mais do que nunca.
Com um pouco de persuasão, ele concordou e saiu para buscá-lo. Ele voltou alguns momentos depois com o que parecia ser um par de óculos.
Com uma grande diferença.
As lentes eram como nenhum vidro que já havíamos visto antes. Não consigo nem descrever a cor dele sem recorrer a palavras como ‘Vermelho’ ou ‘Verde-y’, pois não parecem ser EXATAMENTE qualquer cor para a qual temos um nome. Na verdade, eles não pareciam ter exatamente uma cor, como se você os inclinasse de uma forma que pareceriam diferentes se você os inclinasse de outra. Sei muito bem que provavelmente soa mais como mágica do que algo que um velho bem-intencionado poderia montar em sua modesta oficina, mas aí está.
Joan perguntou o que eles fizeram e nosso avô parou por alguns momentos,
como se não tivesse certeza de como responder.
No final, ele nos disse que realmente tínhamos que colocá-los para nós mesmos, pois ele tinha certeza de que nenhum de nós acreditaria se ele nos contasse. Joan queria colocá-los primeiro, mas quando ela os levantou da mesa, ele estendeu a mão e agarrou-a.
Ele a avisou que PODE ser assustador no começo, mas ela não estava em perigo e que se ela ficasse com medo, ela poderia simplesmente tirá-los. Ele a avisou que o que ela estava prestes a ver pode não fazer mais sentido para ela do que para ele, mas que todos nós estávamos lá e que ela estava segura. Eu poderia dizer que Joan estava um pouco assustada. Ela sempre foi péssima em esconder o que sentia das pessoas e até eu estava me sentindo um pouco incomodado com o fato de nosso avô ser tão agourento sobre a coisa toda.
Joan colocou os óculos e esperamos.
Ela engasgou e, pelos próximos momentos, pareceu mais confusa do que qualquer coisa. Seus lábios se moveram sem palavras e eu pensei ter ouvido um ‘Não … isso não está certo’ baixinho enquanto ela parecia olhar em volta para algo que nenhum de nós podia ver.
E então ela começou a gritar.
Não sei se você já ouviu alguém gritar de horror na vida real. Eu posso te prometer isso; não é como nos filmes. Os filmes não transmitem o som horrível de alguém que você ama gritando, fazendo barulho mais como um animal do que como um ser humano. Eles não podem fazer você sentir o que eu senti naquele momento, vendo Joan arrancar os óculos da cabeça e jogá-los pela sala.
E nada poderia ter nos preparado para a visão de Joan começando a arranhar os próprios olhos, gritando mais alto do que qualquer um deveria ser capaz de gritar enquanto ela o fazia.
Levamos nós três para contê-la no início. Quando a prendemos para que ela não pudesse se machucar mais, Justine e meu avô a seguraram assim enquanto eu chamava uma ambulância. Eu tive que assistir enquanto ela era amarrada e jogada nas costas de um deles, se debatendo, sibilando e gritando como um animal louco, como algo totalmente consumido pelo medo.
Expliquei o que tinha acontecido, sabendo muito bem como isso me fazia soar. Justine e eu explicamos a série de eventos que levaram a isso para os céticos, senão totalmente descrentes, funcionários do hospital e, em seguida, para os especialistas chamados quando nada menos do que ser tranquilizado provou ser eficaz em impedir minha irmã de tentar se machucar enquanto gritava assim.
Os óculos supostamente “sumiram”, o que tornou difícil provar o que tinha acontecido. E foi apenas quase um ano depois, muito depois de minha irmã ter sido internada, que meu avô finalmente me confessou que os havia destruído. Não sei se tê-los poderia ter ajudado, poderia ter dado aos médicos alguma maneira de consertar as coisas. Eu duvido de alguma forma e não posso realmente culpá-lo por fazer o que fez, dado que foi um ato nascido da culpa e um desejo honesto de garantir que isso não aconteça novamente.
Eu perguntei a ele o que minha irmã tinha visto naquele dia, quando ele me contou o que tinha feito. Eu perguntei o que aqueles óculos fizeram com ela. Ele não queria falar sobre isso e pela primeira vez na minha vida eu levantei minha voz para ele, com raiva, exigindo saber, depois de todo esse tempo, o que havia levado minha irmã a este estado. O que a afetou tão profundamente, tão profundamente que agora ela nem era mais reconhecível como a pessoa com quem eu cresci.
Ele me levou para sua oficina e começou a vasculhar os pedaços que se espalhavam pelo lugar, as invenções meio acabadas e agora há muito descartadas ainda aguardando conclusão, ele produziu duas peças de vidro parecidas com as que haviam sido colocadas naqueles vidros . Ele me disse que não havia como descrever sem soar insano, que se eu precisava saber, eu precisava ver. Mas ele me implorou para não fazer isso, que saber não tornaria as coisas melhores.
Ele estava certo.
Eu segurei o copo contra meus olhos e em um instante tudo mudou. Em vez de apenas meu avô estar diante de mim, havia dezenas de outras pessoas na sala conosco. Mas eles não eram pessoas.
Eles estavam pálidos e emaciados, curvados e vestidos com roupas escuras com lábios negros e grandes olhos sem pálpebras que pareciam quase saltar de seus crânios de uma maneira cômica e horripilante ao mesmo tempo. Suas bocas estavam cheias de centenas de dentes finos, como agulhas. Seus dedos eram grotescamente longos e terminavam em unhas escuras e cruelmente pontiagudas que raspavam no chão enquanto eles caminhavam. E todos conversavam, ou melhor, seus lábios se moviam silenciosamente.
Cada um deles estava tentando dizer algo que não podia ser ouvido, dezenas e dezenas de vozes tentando transmitir algo.
Deixei cair os copos no chão em estado de choque. E meu avô pisou forte neles; moendo-os até virar pó sob seu pé, murmurando que ele deveria ter feito isso em primeiro lugar. Ele colocou um braço no meu ombro perguntando se eu estava bem. Eu estava longe de estar bem e ele estava certo … o que eu tinha visto piorou as coisas, não melhorou.
Levei um tempo para resolver isso, é claro. Por que isso teve um efeito tão horrível em minha irmã e, no entanto, eu havia sobrevivido à experiência, assustado, mas não ostentando as cicatrizes mentais que isso tinha causado a ela.
Os óculos só me permitem VER as criaturas. Eu não conseguia ouvir o que eles estavam tentando me dizer, não conseguia entender a mensagem que estavam tentando transmitir.
Mas minha irmã era surda.
Ela podia ler seus lábios.
Stairs
Em 1984, vivia sozinha uma velha viúva em uma casa de dois andares, completamente imóvel e presa à sua cadeira de rodas. Desde a misteriosa morte de seu marido, ela precisava da ajuda de um cuidador que a visitava diariamente para ajudá-la nas tarefas diárias. O que tornava tudo ainda mais difícil era o fato de que os dois andares da casa só eram conectados por uma velha escada interna. Quando a velha senhora precisava se mover entre os dois, o cuidador teria que carregar seu corpo frágil como uma criança, subindo e descendo as escadas. Um dia, a polícia recebeu um telefonema da viúva. Houve um assassinato.
Como as unidades policiais eram escassas na época e o assassino já havia fugido do local, apenas um detetive foi enviado para fazer a denúncia inicial da cena do crime. Ele chegou para ver o corpo da cuidadora espalhado no chão com as cordas vocais arrancadas em uma poça de sangue no primeiro nível da casa, com a velha senhora no topo da escada em sua cadeira de rodas observando-o, quieta e silenciosamente, aparentemente em choque. Ele poderia imediatamente descartá-la como suspeita, devido à sua incapacidade de subir e descer as escadas e porque ela estava presa lá no momento em que o assassinato ocorreu. Foi semelhante à morte de seu marido muitos anos atrás, que havia sufocado durante o sono no sofá do andar de baixo.
O detetive calçou as luvas, tirou fotos, vasculhou em busca de evidências e cobriu o corpo até que o legista chegasse mais tarde – tudo de rotina. Ele examinou a casa lá embaixo em busca de alguma pista, então perguntou à velha senhora se ele poderia olhar lá em cima. Ela insistiu que estava lá em cima o tempo todo e ninguém além dela tinha subido lá naquele dia, mas apesar disso, o detetive subiu a escada para a qual ela hesitou.
Além da escada, havia um corredor estreito, com três portas fechadas ao longo dele. Ele verificou atrás de cada uma das portas, o quarto vazio – nada, o banheiro – nada. Ele ficou ansioso enquanto caminhava lentamente para o último quarto onde a velha senhora dormia. Ele abriu e tudo parecia normal. Uma cama, um armário e uma mesa de cabeceira com candeeiro. Ele verificou todas as paredes da sala com horror, já que não foi o que ele descobriu, mas foi o que ele não descobriu que o fez parar de repente e lentamente alcançar sua arma no coldre. Era um detalhe tão pequeno que eles o esqueceram completamente na última investigação da morte do marido. Não havia telefone lá em cima. De repente, ele ouviu um barulho quando retirou sua arma e saiu correndo da sala, apenas para encontrar uma cadeira de rodas vazia no topo da escada.
O bicho papão (The boogeyman) Vincent Vena Cava
Tudo começou com meu filho de 3 anos gritando em seu quarto no meio da noite. Quando entrei para ver como ele estava, ele estava histérico. Lágrimas correram por suas pequenas bochechas enquanto ele chorava sobre como o bicho-papão o assustou. Eu o deixei dormir comigo e minha esposa durante a noite, pensando que era apenas um pesadelo.
Na noite seguinte, ele nem queria estar em seu quarto, mas eu o convenci de que o bicho-papão era apenas uma invenção de sua imaginação. Fui acordado mais uma vez por seus gritos. Corri para o quarto dele, para encontrá-lo em lágrimas novamente.
Na terceira noite montei uma filmadora em seu quarto, para mostrar a ele que não havia monstro nenhum. Naquela noite não houve gritos nem choro. Eu estava revigorado quando acordei de manhã, depois de ter conseguido minhas primeiras boas noites de sono em três dias. No entanto, meu filho parecia cansado. Ele nem mesmo fez seu alarido de costume pela manhã quando o preparamos para a pré-escola. Quando minha esposa o levou para a creche, decidi revisar a fita da câmera para descobrir como ele havia dormido. Eu nunca vou esquecer o que vi.
Por volta das 2 da manhã, enquanto meu filho estava dormindo, a porta de seu armário se abriu lentamente. Das sombras surgiu uma mulher pálida, nua, cheia de veias, com longos cabelos brancos e olhos negros sólidos. Seu corpo era ossudo e frágil, como o de um sobrevivente do holocausto. Quando ela se virou para o lado, pude ver sua espinha projetando-se de suas costas curvadas como um dinossauro. Ela alcançou o berço do meu filho com suas mãos anormalmente grandes e cobriu sua boca. Ele estava tentando gritar, mas não conseguia. A palma de uma de suas mãos facilmente envolveu sua cabeça, abafando seus gritos. Ela o agarrou com a facilidade que uma pessoa de seu corpo não deveria ter feito, então voltou para o armário com ele nos braços. Uma hora depois, ela voltou com o que parecia uma larva se contorcendo do tamanho de uma mochila e a colocou na cama do meu filho antes de se retirar mais uma vez para o armário.
Durante as próximas 2 horas, eu o observei se contorcer e se contorcer enquanto crescia e se transformava até se parecer com o meu filho. Assim que a transformação foi concluída, ele saiu da cama e vestiu um pijama, depois voltou a se esconder entre as cobertas e esperou que entrássemos. Não sei o que foi que sobrou com minha esposa esta manhã, mas sei que não é meu filho.
NUNCA JOGUE FREE FIRE AS 3 HORAS DA MANHÃ
Eu estou aqui para falar um acontecimento que ocorreu comigo, quando eu estava jogando FREE FIRE no meu celular as 3 madrugada, não irei dizer meu nome para manter minha vida em segurança.”
Eu estava na minha escola, quando meus amigos chegaram até mim dizendo que lançaram um jogo muito da hora para celular, eu infelizmente não estava com meu celular na hora, então a única maneira de saber que tipo de jogo seria esse só quando chega-se em casa.
Chegando em casa, peguei meu celular e fui até o Play Store e procurei pelo jogo, era gratuito logico, fiz o download e depois instalei e comecei a jogar, e o jogo era muito maneiro, eu passa dias e deixava de ir na escola para ficar o dia inteiro jogando online com meus amigos.
Só que ninguém passava a madrugada jogando o joguinho, muitos falavam que não queriam passar a noite inteira jogando, pois aquilo não faria muito bem para eles, eu chamei eles de frangotes, e comecei a jogar toda a madrugada jogando o jogo, “mal sabia eu no que eu iria me meter.”
Teve um dia que eu deixei de ir na escola para jogar FREE FIRE, o pior foi que meus amigos não estavam online então fui perguntar para eles, só que eles não estavam online no Whatsapp, então tive que ligar para saber o que aconteceu com eles, eles disseram que queriam ir na escola para melhorar suas notas na escola para não reprovar
Eu xinguei eles de todos os nomes que eu conhecia, e resolvi jogara o jogo a tarde inteira, a noite chegou e não parei de jogar, quando fui dormi peguei meu celular e comecei a jogar, quando um jogador muito estranho me chamou para jogar, ele me enviou uma mensagem para mim dizendo ” Se você for um ótimo jogador, venha jogar comigo”.
Eu não fugia de nenhum desafio, então aceitei o convite, e começamos a jogar, o jogo estava muito estranho, a arena estava com sangue parecia que já estava acontecendo um tiroteio, só que não havia ninguém no mapa, só sangue e mais sangue.
O meu parceiro atirou e mim, se motivo eu comecei apertar qualquer botão no celular, mas meu personagem não se mexia eu fiquei muito bravo, e quando consegui eu já estava morto, o cara misterioso meu enviou uma mensagem, ” É parece que você não é tão bom assim, você fara uns favor para mim, se quiser sua família em segurança.”
Ele me enviou uma foto da minha família eu fiquei assustado, eu envie um mensagem dizendo como ele sabia da minha vida, ele não me responde só me disse se eu iria aceitar o favor, eu aceitei querendo a segurança da minha família em segurança, ele me disse que para meu primeiro desafio seria apagar o jogo do meu celular.
Eu não queria pois eu estava num nível muito alto, mas tive que fazer isso, depois ele me disse que eu teria que matar meus amigos que não queriam jogar comigo, eu fiquei com o coração acelerado, aquele cara era maluco, eu não sabia o que fazer, então peguei a arma do meu pai e fui em direção da casa dos meus amigos, e matei todos dormindo, aquilo era algo muito horrível.
E o ultimo favor foi me matar, eu não queria isso, então chamei a policia, só que se eu falasse tudo sobre o sujeito poderia vim até minha casa matar minha família, então me entreguei a policia, estou preso até hoje na cadeia, e estou escrevendo essa história, pois irei me matar aqui na cadeia, nunca jogue jogos as 3 da manhã com pessoas desconhecidas e doentes.
” Detetive” o preso foi encontrado dentro de sua cela morto, se enforcou com os lençóis de sua cama, e em cima de sua cama uma carta com uma história estranha sobre o que aconteceu com ele antes de vir para cadeia.
Ao infinito e além!
Enquanto os últimos momentos de Buzz passavam por ele, ele observou aquele abismo negro, apenas capturando uma última coisa: a promessa que ele havia feito a seu filho.
“Eu vou te proteger e cuidar de você. Ao infinito e além.”
Buzz era um herói americano. Ele trabalhou no Exército do Comando Estelar e foi promovido a Sargento recentemente, liderando os jovens e bravos por uma guerra interestelar contra o terrível terrorista alien Zurg.
Enquanto nas profundezas do espaço, a nave de Buzz foi puxada para dentro de um buraco de minhoca causado por seu arqui-inimigo Comandante Zurg. Buzz tentou de todas as formas virar sua nave, mas não adiantou. Neste momento, Buzz e sua tripulação só tinha uma opção; abandonar a nave.
Enquanto a nave sofria mais danos, as cápsulas de resgate começaram a esgotar. Buzz permitiu que cada membro escapasse enquanto tentava segurar a situação até o último minuto… Até que foi tarde demais.
Buzz e sua nave, foram puxados para o buraco de minhoca, e nunca mais foi visto ou ouvido. Buzz foi dado como morto pelo Comando Estelar e o mundo lamentou pelo herói que salvou mais de duzentas vidas naquele dia. Ele deixara para trás sua amada esposa, filha e filho.
Entretanto, Buzz não morreu naquele dia. Ele acordou para encontrar-se ainda preso em sua própria nave. Tudo intacto, e ainda em seu traje. Ele tentou fugir, mas percebeu que estava preso, amarrado por fios.
Esse seria o primeiro dia da nova vida de Buzz, arremessado em outra dimensão pelo buraco de minhoca criado por Zurg.
A partir de agora, Buzz era uma boneco, à caminho da festa de aniversário de um garoto chamado Andy.
Que um dia fora seu próprio filho.
The Doll – Boudica.
Eu dei a boneca a ela no aniversário dela.
Ela amou no começo, me disse que era tão linda. Que seu cabelo era tão macio e o vestido tão bonito. Ela não iria perder isso de vista por dias. Durante o dia ela o colocava sobre a mesa, para que pudesse vê-la enquanto limpava a casa. Durante a noite ela a sentava ao lado da cama, e ela olhava para nós dormindo, com grandes olhos azuis imóveis.
Mas o amor da minha esposa pela boneca logo mudou. Logo percebi que algo estava incomodando. Eu perguntei é claro, mas ela não quis me dizer a princípio, disse que estava apenas sendo boba. Mas dia após dia ela se fechava cada vez mais. Até eu não aguentar mais. Eu a pressionei, disse que ela me contaria o que estava acontecendo agora ou que eu a arrastaria ao médico.
Ela finalmente quebrou e palavras chorosas vieram derramando.
Ela então me disse que era a boneca. Aquilo a assustava. Ela me disse que tinha a sensação de que ele a observava constantemente. Às vezes até parecia que se movia.
Isso me preocupou e fui dar uma olhada na boneca.
Estava imóvel na mesinha do quarto. Os grandes olhos azuis não mudaram. Não pude deixar de suspirar um pouco de alívio. Claro que ela não está se movendo, ela não poderia estar.
Fui me afastar, mas então vi um pequeno movimento com o canto do olho.
Eu me virei para a boneca, pegando-a da mesa. Eu segurei meu rosto perto do da boneca, olhando nos olhos.
Algo estava se movendo.
Tentei me concentrar, tentei olhar mais de perto.
Sim, definitivamente lá estava, movimento. Mas não do olho em si, estava atrás do olho.
Antes que eu pudesse registrar isso, o olho explodiu e saiu dele pelo menos dez vermes se contorcendo.
Deixei cair a boneca em choque, recuando instintivamente.
Minha esposa gritou do outro cômodo, perguntando o que estava acontecendo. Gritei de volta para ela não se preocupar. Peguei a boneca novamente, usando um lenço para limpar as larvas. Por dentro, vi mais, pressionando contra a pele e a camada externa de plástico.
Mas tão cedo. Eu esperava que ela durasse mais.
Terei que conseguir uma nova para ela, talvez mantê-la vivo no início. Assim vai durar mais tempo com certeza.
Enquanto jogo fora a boneca velha, penso em como minha esposa sempre diz que ama os cachos grossos e louros da pequena Katie no quarteirão.
Ela também não tem olhos azuis?
Astronauts are Brave – kpopandsomeothershit
Há algo fora da porta do meu quarto. Eu realmente não sei o que é, e sou muito assustado para ir e descobrir. E está sempre lá também! Está sempre lá, apenas de pé, ou sentado, ou fazendo o que quer que seja, eu não sei! Tudo o que sei é que está do lado de fora da porta do meu quarto e está esperando por mim. Eu costumava levantar nessa hora para ir ao banheiro antes de dormir, então não faço xixi na cama, mas não posso mais fazer isso. Não com aquela coisa sempre esperando por mim! Pelo que sei, essa coisa pode me matar ou algo assim. E eu sou muito jovem para morrer; Eu tenho apenas sete anos. Eu deveria ser um astronauta quando crescer, absolutamente não posso morrer!
Oh, mas eu realmente preciso fazer xixi … e minha mãe! E-Ela disse que se eu fizesse xixi nas calças mais uma vez, ela não me deixaria ir na viagem de campo para a NASA. O resto da minha vida depende de eu fazer aquela viagem de campo … e eu sou um menino crescido! N-nenhum monstro vai impedir de se tornar um astronauta. Além disso, os astronautas são corajosos. Se eu for para a lua um dia, terei que ser capaz de lutar contra todos os tipos de alienígenas lá em cima. Este pequeno e velho monstro não será nada comparado aos alienígenas na lua.
Então, eu vou fazer isso! Vou sair da cama e marchar direto para a MINHA porta e vou lutar contra aquele monstro idiota, porque os astronautas são corajosos! E eu sou corajoso!
… Os astronautas são corajosos! Os astronautas são corajosos! Os astronautas são cor—-
My Father Punished Me When I Talked to Ghosts – Edwin Crowe
Sou cego desde o nascimento. Conforme eu cresci, tudo foi descrito para mim com detalhes tão vívidos que eu nem percebi por que era tão importante ver, especialmente não tendo nenhum ponto de referência para comparar. Morávamos em uma casa de fazenda de um andar, foi o que meu pai me disse. Em minha mente, é claro, eu podia ver, embora ao contrário de como uma pessoa com visão poderia. Eu tinha consciência espacial. Eu sabia onde ficava meu quarto, onde ficavam o banheiro, a sala de estar e a cozinha. Cada parede tinha sua própria textura. Não sei se isso foi feito de propósito ou se pude sentir coisas que outros nunca notaram.
Raramente caí. Só se o pai, ou um dos visitantes, colocar algo em algum lugar que não deveria. Normalmente eram os visitantes, e papai gritava.
Eles visitavam raramente, e apenas brevemente quando o faziam. Meu pai disse que eu não deveria falar com eles, que isso o perturbava. Ele se preocuparia quando eu visse algo que ele não viu, visse com meus ouvidos ou pelo toque.
Ellie foi a primeira. Ela parecia muito doce. Ela me perguntou meu nome e por que meu rosto estava tão confuso. Ela estava na sala de estar. Eu podia ouvir onde ela estava sentada com sua respiração. Sons nasais ásperos, como se seu nariz estivesse bloqueado. Quando meu pai estava resfriado, ele sempre respirava pela boca, com grandes respirações difíceis, já que não estava acostumado.
Quando as pessoas mencionavam meu rosto, eu sempre o tocava, tentando descobrir por que era tão estranho para elas. Quando perguntei se poderia tocar nos deles, sempre houve uma pausa. Achei que as pessoas com visão nunca faziam isso. Por que eles precisam?
Quando perguntei a Ellie se podia tocar seu rosto, ela concordou com relutância, mas momentos depois meu pai entrou na sala e perguntou com quem eu estava falando. Eu disse a ele: “Ninguém”. Ele sempre me punia quando eu falava sobre eles. Acho que o assustou. Ele pegaria meu braço e me levaria embora. Eu ficaria desequilibrado e desorientado, a ponto de quando ele finalmente me colocasse no chão, minhas mãos procurariam freneticamente ao meu redor até que eu soubesse onde estava. Normalmente era meu quarto, embora de vez em quando ele me deixasse do lado de fora, no meio do nada. Isso foi o pior. Eu ficaria perdido e com medo. Ele me contou sobre a estrada que passava na frente da casa e explicou que os sons que ouvi eram de carros, que eles me matariam se me tocassem. Esses sons eram meu único meio de reconhecer meu entorno. Esperei até ouvir um, e então soube para que lado correr de volta para casa.
Eu ouvi Ellie naquela noite. Ela sussurrou para mim, dizendo que estava com medo. Sussurrei de volta, mas ela não ouviu.
Perguntei a papai sobre Ellie. Ele não queria falar sobre ela. Eu perguntei por quê. Ele não respondeu. Quando eu disse a ele que ela perguntou sobre meu rosto, ele me perguntou como eu respondi. Eu disse a ele que queria tocar o dela. Ele riu, embora eu soubesse que ele não estava feliz. Eu pude ouvir a diferença. Quando você ri por prazer, sua boca fica aberta. Quando você finge, sua boca está quase fechada. Para mim, a diferença é óbvia.
Não foi até eu ficar mais velho que ele explicou.
Ele disse que vivíamos em um lugar especial, conectado com o “outro mundo”. Que às vezes pessoas mortas escapam, pessoas que morreram com dor e queriam alcançar os vivos. Ele explicou que, porque eu não conseguia ver, fui capaz de sintonizar isso. Que eles sabiam que eu estava ouvindo, enquanto os outros não. Ele disse que eu tinha que ignorar. Do contrário, ele me disse, eles se agarrariam e nunca me deixariam. Tudo o que os mortos querem é estar vivos novamente, disse ele. Era perigoso e eles me enganariam. Ele disse que sabia como lidar com eles, mas não poderia ajudar se eles se apegassem a mim.
Alex apareceu para mim alguns anos depois. Ela me disse que estava perdida e não sabia onde estava. Eu disse a ela que não tinha permissão para falar com ela. Ainda assim, ela implorou por ajuda. Fiquei quieto, sabendo o que aconteceria se eu dissesse alguma coisa. “Você falou com eles?” Perguntou o pai. Embora eu estivesse chateado, eu disse a ele não. Eu gostaria de poder ajudá-la. Eu sabia o que era estar perdido e isso me assustou.
Alex nem sussurrou para mim. Eu a ignorei e ela me ignorou. Papai me salvou e eu fiquei grato.
Depois de Alex, eu sabia o que precisava fazer, então fiz. Os espíritos pararam de me incomodar depois disso, por muito tempo. Isso foi, até que Sarah apareceu.
Sarah não me deu a chance de ficar quieto. Eu estava sozinho, sentado na sala de estar e ouvindo televisão. “Socorro,” ela disse. “Eu preciso encontrar uma saída.” Eu fiquei em silêncio. “Você pode me ouvir, não pode?” ela perguntou, surpresa.
“Não tenho permissão para falar com você”, disse a ela.
“Por favor,” ela implorou. “Estou com medo, estou perdido. Eu quero ver meu papai. ” Segurei os braços da cadeira e disse a ela que não era permitido.
“Ele está morto”, disse ela. Eu não respondi. “Seu pai está morto,” ela disse novamente.
Eu não ia cair nessa. Eu ouvi batidas ao redor da sala quando as coisas começaram a voar e as prateleiras começaram a tremer. “Pare!” Eu gritei. E assim foi.
“Por favor, me ajude a sair”, disse ela.
Eu não ia falar com ela. Eu fiz a única coisa que pensei que ajudaria. Eu destranquei a porta da frente, esperando que ela saísse correndo e se perdesse, assim como eu faria. Quando não tive mais notícias dela, tranquei a porta e me sentei. Escutei atentamente qualquer sinal de que ela ainda estava lá. Exceto pelos sons da TV, tudo estava silencioso.
Eu odiava quando meu coração disparava. Fiquei muito ciente da sensação do tique-taque de subir e descer em meu peito, como se estivesse prestes a explodir. Quando ouvi a voz do meu pai, gritei.
“Filho”, disse ele, “preciso da sua ajuda. Acho que estou morrendo. ”
Eu fiz o que ele me disse para fazer; Eu não falei. Se ele morresse, ele nunca me deixaria. Em vez disso, corri para o ar livre e gritei por ajuda. Eu gritei até minha voz ficar rouca. Eu ouvi o som de carros correndo ao longo da estrada em frente à minha casa. Gritei até ouvir alguém responder. Foi uma mulher.
“O que há de errado?” eles perguntaram. Eu disse a eles que acho que meu pai estava morrendo. Eles perguntaram o que havia acontecido com meu rosto. Implorei a eles que me ajudassem, e eles prometeram que o fariam.
Sentei na grama e esperei. Algum tempo depois, a mulher voltou para mim e perguntou se ela poderia segurar minha mão. “Eu sinto muito”, ela me disse. Eu ouvi o som de sirenes e de pessoas correndo. Eu perguntei o que estava acontecendo. A mulher disse que estava lá para mim.
Quando o barulho diminuiu, um homem me fez uma pergunta. “Sou um paramédico”, disse ele. “O que aconteceu com o seu rosto?” Eu disse a ele que estava bem. Ele perguntou se eu tinha certeza e eu disse que sim. Ele perguntou se eu me importava que ele tocasse meu rosto. Eu disse que estava tudo bem.
Um momento depois, senti uma liberação de pressão em torno da minha testa e o ar frio contra a minha pele. Parecia que ele estava descascando uma laranja. Eu imaginei isso na minha cabeça e me preocupei que ele exporia minhas entranhas. Eu gritei e perguntei o que ele estava fazendo. Ele me disse que tudo ia ficar bem, e a mulher apertou minha mão, dizendo-me para ser corajosa.
Eu não sabia o que estava acontecendo. Eu senti uma dor apertada dentro da minha cabeça, como quando você esmaga sua canela contra algo duro, seguido por algo que passei a entender como “brilhante”. Doeu muito. Comecei a chorar.
“O que aconteceu com seus olhos?” o paramédico perguntou. Eu disse que estava cego. Ele pediu para verificá-los. A dor voltou quando ele os examinou.
“Você conhece ele? o homem perguntou à mulher que tinha me ajudado. Ela disse a ele que eu gritara por socorro e que ela viera em meu auxílio, mas que nunca havia me encontrado antes.
“Há quanto tempo você tem seu ferimento no olho?” ele perguntou-me. Eu disse a ele que era cego de nascença. Ele me perguntou se eu podia ver seus dedos. Eu disse que não. Ele perguntou se eu poderia abrir meus olhos. Eu disse que não sabia o que ele queria dizer. Ele perguntou se poderia abri-los para mim. Eu não respondi. Então eu senti seus dedos em meu rosto, dedos cobertos por algo de borracha. De repente, ficou “brilhante” novamente. Eu gritei.
Ele tentou me acalmar. A mulher apertou minha mão novamente. Eu não sabia o que estava acontecendo. Coisas que eu não conseguia descrever me ocorreram. Era como sempre foi, mas multiplicado cem vezes, e muito mais real. Continuei gritando quando uma forma difusa apareceu.
“Apenas respire, ok?” o paramédico disse. “Tudo vai ficar bem. Quando foi a última vez que você viu? ” Quando meu coração começou a se acalmar e minha respiração desacelerou, distraí-me com o que estava passando. Isso me oprimiu. Eu queria chorar, e chorei. “Há quanto tempo?” ele perguntou novamente.
“Eu nunca vi nada antes,” eu disse a ele.
Disseram-me para manter uma máscara para os olhos durante a maior parte do dia, apenas tirando-a à noite no início, para permitir que meus olhos se ajustassem. Ao mesmo tempo, fui colocado sob a custódia de minha tia e meu tio, e nem sabia a princípio. Eles ficaram chocados com o que aconteceu comigo e que eu nunca tinha frequentado a escola.
Os últimos anos foram uma viagem de montanha-russa. Os médicos disseram que posso nunca ter uma visão perfeita, embora o pouco que tenho seja uma dádiva de Deus, e vou pegar o que puder. Só recentemente estou aprendendo a ler e escrever, então peço desculpas se meu inglês não for o melhor. É o melhor que posso fazer.
Tenho perguntado a minha tia o que aconteceu com meu pai, mas tudo o que ela diz é que ele morreu de ataque cardíaco. Eu perguntei que tipo de homem ele era. Ela diz que ele era seu irmão e que ela vai amá-lo não importa o que aconteça. Meu tio não quer falar sobre ele.
Tenho usado muito o computador recentemente e estou gostando muito da internet. Eu não posso acreditar que tal coisa exista. Depois de estar tão sozinho por tanto tempo, posso falar com quem eu quiser, quando eu quiser, embora tenha cautela com isso. Afinal, como posso saber se com quem estou falando está vivo? Ninguém parece compartilhar das preocupações de meu pai sobre isso.
Hoje eu estava em um fórum discutindo o mundo espiritual – fiquei tão feliz em encontrar pessoas com quem eu poderia me relacionar – e alguém curioso sobre meu nome de usuário me enviou um link para um artigo em um site de crime verdadeiro. Era sobre meu pai e me mencionou pelo nome. Eles me perguntaram quem eu era e se era a mesma pessoa. De acordo com o artigo, minha mãe desapareceu logo após meu nascimento. Dizia que fui amarrado de forma que não podia ver. Que meu pai sempre quis uma filha.
Eles encontraram quatorze corpos no porão. Disseram que uma escapou, uma garota chamada Sarah Frank. Foi ela quem chamou a polícia. Eles encontraram o carro de papai estacionado nos fundos da casa. Eles supuseram que ele carregou suas vítimas para o porão através da entrada da tempestade e as deixou lá. Sarah conseguiu fugir depois de concordar em ser sua filha após quatro dias de tortura contínua. Ela o esfaqueou com uma faca que ele colocou no balcão para passar manteiga em algumas torradas.
Eu não queria acreditar. E não tenho certeza se teria, se não fosse pelos nomes das vítimas, duas das quais se destacaram: Ellie Farmer e Alex Riddle. Eu falei com os dois na sala de estar.
Até hoje, me pergunto se meu pai tinha sido honesto comigo sobre alguma coisa em sua vida. Ao longo de tudo isso, uma questão permanece acima de todas as outras.
Falei com Ellie e Alex antes ou depois de ele matá-los?
Apenas durma
É tarde da noite e você não consegue dormir. Você rola de um lado a outro na cama, buscando uma posição confortável. Você sabe que precisa levantar cedo, tem trabalho amanhã; alguém precisa sustentar a casa. Quanto mais você força o sono, mas ele se distancia de você. Você rola em direção a parede ao lado da cama. Encara aquela imensidão branca, sente alguém te observar, mas não move os olhos daquele amontoado de tijolos. Ainda é capaz de sentir o cheiro da tinta. Você rola para o outro lado, vê o guarda roupa entreaberto, poucas roupas, as coisas não estão boas para gastar com roupas da moda. Você confirma que está sozinho no quarto. Então rola novamente em direção a parede, quase pedindo desesperadamente que o sono venha e todos os pensamentos cessem, que sua mente apenas pare por alguns instantes. Parece que o sono começou a vir. Você se sente mais leve. Então rola para o outro lado, parece não controlar. Você rolou demais e caiu da cama. Finalmente, seus olhos pesam, é hora de dormir. Não ligue para o homem de capuz atravessando a porta; muito menos para o seu próprio corpo decapitado em cima da cama. É tarde, apenas durma.
Fontes:
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