Zodíaco
Assassino do Zodíaco
Serial Killer | 1960 – 1970
California, EUA |
Entre 20 e 28 vítimas |
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“Zodíaco”, como se auto-intitulou, foi um assassino responsável pela morte de 5 pessoas e 2 tentativas de homicídio. Embora tenha dito em suas cartas ter matado 37 pessoas os policiais não confirmaram a autoria dos demais crimes.
Em 1º de agosto de 1969, ele enviou cartas à três jornais de San Francisco. Essas cartas eram escritas a mão e começavam sempre com “Caro editor eu sou o assassino de dois adolescentes no lago Herman”. Elas também continham detalhes de assassinatos que não tinham sido liberados para o público, além de ameaças de mais assassinatos caso essas cartas não fossem publicadas na primeira página desses jornais. Cada carta tinha em anexo um criptograma, que ele falou ser composto por três partes, onde conteria a identidade real do assassino.
As 7 vítimas oficialmente atribuídas ao Assassino do Zodíaco foram:
David Arthur Faraday, 17, e Betty Lou Jensen, 16, mortos à tiros em Dezembro de 1968, no lago Herman Road, nos limites da cidade de Benicia.
Michael Renault Mageau, 19, e Darlene Elizabeth Ferrin, 22, em Julho de 1969 no estacionamento Blue Rock Springs Park em Vallejo. Mageau sobreviveu, mas Darlene foi declarada morta ao chegar no Kaiser Foundation Hospital.
Bryan Calvin Hartnell, 20, e Cecelia Ann Shepard, 22, esfaqueados em Setembro de 1969 no Lago Berryessa em Napa County. Bryan sobreviveu às 8 facadas nas costas, mas Cecelia não resistiu.Paul Lee Stine, 29 morto a tiros em Outubro de 1969 no bairro de Presidio Heights, San Francisco.
Ainda há uma suposta terceira vítima que sobreviveu ao assassino, Kathleen Johns, 22 anos, alegou ter sido sequestrada em Março de 1970, em uma rodovia na área oeste de Modesto. Katheleen teria escapado do carro de um homem que lhe deu carona e dirigiu entre Stockton e Patterson por cerca de meia hora.
Em Agosto de 1969, The San Francisco Examiner recebeu outra carta com os seguintes dizeres: “Caro Editor, aqui é o Assassino do Zodíaco falando”. A carta foi em resposta ao chefe de polícia, Stiltz, que solicitou provas de que o autor delas realmente havia cometido os assassinatos de David, Betty e Darlene. Além disso, Zodíaco alegava na carta que assim que os policiais decifrassem seus códigos eles “o teriam” pois ali teria o nome real dele.
Depois das cartas terem sido publicadas, um professor de Salinas, Califórnia, conseguiu resolver a primeira parte do criptograma junto de sua esposa.
“Eu gosto de matar gente porque é tão divertido. É mais divertido que matar animais selvagens na floresta porque o homem é o animal mais perigoso de todos. Matar coisas me dá a experiência mais prazerosa, é ainda melhor que ficar com uma garota. A melhor parte é que, quando eu morrer, eu irei renascer no paraíso e todos aqueles que eu matei se tornarão meus escravos. Eu não te darei meu nome porque você tentará me atrasar ou me impedir de colecionar escravos para meu pós-vida” – diz uma das cifras.
Em Abril de 1970, Zodíaco escreveu outra carta seguida de outro criptograma. Nessa carta ele falou que não foi o autor da morte do Sargento Brian McDonnell, dois dias depois de uma bomba ter explodido no Park Station (Parque Golden Gate). A carta ainda continha um diagrama de uma bomba que seria usada para explodir um ônibus escolar e no fim da carta ele escreveu “ = 10, SFPD = 0″, o que representaria um “placar” contra a polícia de San Francisco.
“Aqui é o Zodíaco falando. A propósito vocês quebraram o último criptograma que eu mandei pra vocês? Meu nome é____________
“código”
Eu estou levemente curioso (?) do quanto minha cabeça está valendo agora. Eu esperto que vocês não pensem que eu era aquele que “apagou” aquele tira com uma bomba na delegacia. Embora eu tenha falado sobre matar crianças escolares com uma. Eu simplesmente não invadiria o território de outra pessoa.
Mas há mais glória em matar um policial que uma criança porque um policial pode atirar de volta. Eu matei 10 pessoas até agora. Teria sido bem mais se minha bomba tivesse funcionado. Eu fui inundado pela chuva que tivemos a pouco”
Em Abril do mesmo ano o the Chronicle recebeu um cartão escrito “I hope you enjoy yourselves when I have my BLAST”. Na parte de trás do cartão havia uma ameaça de usar a bomba mencionada na carta anterior, a menos que o jornal publicasse, em detalhes, o que ele escreveu, além de um pedido para que as pessoas começassem a usar bottons legais dele.
Em outra carta de Junho de 1970, o Zodíaco disse estar aborrecido por não ter visto as pessoas usando seus bottons. Na carta ele escreveu “Eu atirei com uma .38 em um homem sentado em seu carro”, possivelmente se referindo à morte, uma semana antes, do Sargento Richard Radetich, mas a polícia nega o envolvimento do Zodíaco no crime. Junto com a carta havia um mapa de rodovias de San Francisco Bay Area.
Em Julho de 1970, quatro meses após o sequestro de Kathlenn Johns, Zodíaco assumiu a autoria do sequestro em uma carta enviada ao The Chronicle. Em outra carta, recebida dois dias depois, ele faz uma espécie de parodia com a música The Mikado falando sobre uma lista de como ele planejava torturar seus “escravos do paraíso”. Em outubro do mesmo ano, o jornal recebeu um cartão assinado por Zodíaco aparentemente assinada com sangue. Ainda em outubro, o repórter que cobria os casos do Zodíaco no jornal The Chronicle , Paul Avery, recebeu um cartão de Dia das Bruxas assinado coma letra “Z” ao lado do símbolo usado para assinar as cartas.
Em outubro 1966 Cheri Jo Bates, 18 anos, foi assassinada. Um mês depois foram enviadas à polícia e ao Riverside Press-Enterprise, cartas cuja datilografia eram muito semelhantes. As cartas eram intituladas de “A confissão” e o autor escreveu que não seriam nem a primeira ou a última morte, além de detalhes sobre o crime que não foram a conhecimento público. Em dezembro do mesmo ano, na biblioteca da universidade estadual de Riverside Comunity College, foi encontrado um tampo de mesa onde estava encravado um poema na parte de baixo. Em abril de 1967, o pai de Cheri, o Press-Enterprise e a polícia da cidade receberam outras cartas.
Em março de 1971, o Zodíaco enviou uma carta ao Los Angeles Times creditando a polícia a descoberta “a atividade em Riverside, mas eles só encontram os fáceis, há muito mais por aí”. A ligação desse crime com o Zodíaco não foi confirmada pela polícia. No mesmo mês, o the Chronicle recebeu um cartão endereçado à Paul Avery, onde supostamente o Zodíaco assumia a autoria da morte de Donna Lassem, que aconteceu em setembro de 1970. Após essa carta houve um período de quase 3 anos até que, em janeiro de 1974, o The Cronicles recebeu outra carta.
Nesse site há uma série de vídeos mostrando as cartas na sala de evidências de Vallejo
Fontes: