Aum Shinrikyo
Aum Shinrikyo
Seita | 1984
Tóquio, JP |
+23 vítimas |
Pena de morte – Líder |
Enforcamento – julho de 2018 |
Aum Shinrikyo é uma seita religiosa fundada no Japão em 1984 por Shoko Asahara. Inicialmente a seita tinha o nome de Aum Shinsen no kai e era apenas para aulas de ioga e meditação. Mais tarde, Asahara mudou o nome do grupo para Aum Shinrikyo em 1987.
Enquanto meditava, Asahara afirma que o deus Shiva havia sido revelado a ele e o havia designado ‘Abiraketsu no Mikoto’ (‘o deus da luz que lidera os exércitos dos deuses’), que deveria construir o Reino de Shambhala, uma sociedade utópica composta por aqueles que desenvolveram ‘poderes psíquicos’.
Ele ganhou credibilidade ao aparecer na TV e em capas de revistas, e com isso alcançou cada vez mais seguidores, além de ser convidado para conferências em universidades. Ele também escreveu vários livros religiosos, incluindo os títulos “Além da Vida e Morte” e “Iniciação Suprema”.
O grupo acreditava em uma mistura do budismo indiano e tibetano, com algumas influências e crenças cristãs e hindus, principalmente as relacionadas ao deus Shiva. Eles acreditavam que o Armagedom era inevitável e seria na forma de uma guerra global envolvendo os Estados Unidos e o Japão; e que os não membros estavam condenados ao inferno eterno, mas poderiam ser salvos se mortos por membros do culto. Apenas membros do culto sobreviveriam ao apocalipse e depois construiriam o Reino de Shambhala.
Em 1987 o grupo fundou uma filial em Nova York e, no ano seguinte, abriu uma sede em Fujinomiya. No ano anterior ao reconhecimento do grupo pelo governo de Tóquio, um membro do culto se afogou acidentalmente durante um ritual. Um dos membros do grupo, que era amigo de Terayuki, foi assassinado por outros membros a mando de Shoko Asahara, depois de ficar desiludido com a morte do amigo e tentar sair do culto. Três meses após o reconhecimento como instituição religiosa, seis membros se envolveram no assassinato de um advogado que estava trabalhando em uma ação coletiva contra o culto.
Em 1990, Asahara anunciou que o grupo teria 25 candidatos nas eleições daquele ano à Dieta Japonesa, mas acabou recebendo apenas 1738 votos. O fracasso foi atribuído, por Asahara, à uma conspiração externa propagada por maçons e judeus, então ele ordenou que o culto produzisse toxina botulínica e fosgênio para derrubar o governo japonês.
Em 1992, Asahara publicou o livro “Declarando-me o Cristo”, onde se declarou Cristo. Ao longo de 1993, o culto contrabandeava rifles AK-74 e munições e começou a prototipar rifles com base no design da AK-74.
Na segunda-feira, 20 de março de 1995, cinco membros da Aum Shinrikyo lançaram um ataque químico ao metrô de Tóquio. A equipe de Ikuo Hayashi e Tomomitsu Niimi foi designada para soltar e perfurar dois pacotes Sarin na linha Chiyoda. Dois homens, Kenichi Hirose e Koichi Kitamura, foram designados para deixar dois pacotes de Sarin na Linha Marunouchi. Masato Yokoyama e seu motorista Kiyotaka Tonozaki foram designados para liberar Sarin na Linha Marunouchi, ligada a Ikebukuro. Toru Toyoda e seu motorista Katsuya Takahashi foram designados para liberar Sarin na linha Hibiya, no nordeste. Yasuo Hayashi e Shigeo Sugimoto foram a equipe designada para soltar Sarin na linha Hibiya.
No dia do ataque, ambulâncias transportaram 688 pacientes e quase cinco mil pessoas chegaram aos hospitais por outros meios. No total, 278 hospitais atenderam 5.510 pacientes, 17 dos quais foram considerados críticos, 37 graves e 984 moderadamente doentes com problemas de visão. O ataque de gás Sarin foi o ataque mais sério ao Japão desde a Segunda Guerra Mundial. Logo após o ataque, Aum perdeu seu status de organização religiosa e muitos de seus bens foram apreendidos.
Em 27 de novembro de 2004, todos os julgamentos da Aum Shinrikyo foram concluídos, excluindo o de Asahara, pois a sentença de morte de Seiichi Endo foi confirmada pela Suprema Corte do Japão. Como resultado, entre um total de 189 membros indiciados, 13 foram condenados à morte, cinco foram condenados à prisão perpétua, 80 receberam sentenças de diferentes termos, 87 receberam suspensões, dois foram multados e uma pessoa foi considerada inocente
Em maio e junho de 2012, os dois últimos fugitivos procurados em conexão com o ataque foram presos na área de Tóquio e Kanagawa. Deles, Katsuya Takahashi foi preso pela polícia perto de um café de quadrinhos em Tóquio.
Asahara e outros doze cultistas foram finalmente executados por enforcamento em julho de 2018, depois que todos os recursos foram esgotados. O grupo ainda tem cerca de 2.100 membros e continua a recrutar novos membros com o nome “Aleph”, além de outros nomes. Embora o grupo tenha renunciado ao seu passado violento, ainda continua a seguir os ensinamentos espirituais de Shoko Asahara. Os membros administram várias empresas, embora boicotes a empresas conhecidas relacionadas a Aleph, além de buscas, confiscos de possíveis evidências e piquetes por grupos de protesto, tenham resultado em fechamento.
Fontes:
https://en.wikipedia.org/wiki/Aleph_(Japanese_cult)
https://www.bbc.com/news/world-asia-35975069
https://en.wikipedia.org/wiki/Sakamoto_family_murder
https://en.wikipedia.org/wiki/Tokyo_subway_sarin_attack
https://en.wikipedia.org/wiki/Shoko_Asahara